terça-feira, 25 de agosto de 2009

Houve Uma Vez Um Verão (Summer of ´42)

Filme de produção americana de 1971, “Houve Uma Vez Um Verão” (Summer of ´42), foi lançado no Brasil em 1972. Sob a direção de Robert Mulligan e estrelado por Jennifer O´Neill, o filme conta a história de três amigos em férias – Hermie (Gary Grimes), Oscy (Jerry Houser) e Benjie (Oliver Conant) - numa ilha da Nova Inglaterra, no verão de 1942. Os três virgens aos quinze anos, o que era a regra da época, e começando a descobrir a atração da sexualidade estão ávidos pela “ primeira vez”.
Na ilha, um pouco mais afastado de onde estão, há uma casa onde vive Dorothy (Jennifer O-Neill), linda jovem recém casada com um militar (Walter Scott) convocado, logo após o casamento, para a 2ª. Guerra Mundial.
Um dos três jovens – Hermie – deslumbra-se com a beleza da moça e passa a observar a sua casa diariamente, acompanhando a vida do casal, principalmente os carinhos que o marido dispensa à amada. Quando o marido parte para a guerra o jovem aguça ainda mais os seus desejos pela jovem e arruma um pretexto para se aproximar dela, oferecendo-se para carregar seus pacotes de compras quando esta está saindo de um mercado. A partir desse momento o jovem não consegue mais tirar Dorothy do pensamento. A pretexto de ajudar nos afazeres domésticos incumbidos aos homens o jovem passa a freqüentar a casa de Dorothy e ambos vão se envolvendo emocionalmente até que um dia ela recebe um telegrama informando a morte do marido em combate e se entrega ao jovem Hermie, propiciando-lhe a sua “primeira vez”. Depois disso, Hermie nunca mais voltou a rever Dorothy.
O filme foi indicado para o Oscar por Melhor Roteiro Original, Melhor Fotografia e Melhor Edição.
A trilha sonora do filme, de autoria de Michel Legrand, é maravilhosa e marcou mais do que o próprio filme. “Theme From Summer Of ´42”, recebeu o Oscar de Melhor Canção, Melhor Trilha Original.
Você pode não ter assistido ao filme (e não sabe o que está perdendo), mas certamente já ouviu a trilha original.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Abençoai as Feras e as Crianças (Gless The Beasts and Children)

Filme que encantou na década de 70, “Abençoai as Feras e as Crianças” foi um tremendo sucesso de bilheteria no Brasil. Lançado em 1971, o filme teve a direção de Stanley Kramer e sua trilha sonora – Gless The Beasts and Children - foi indicada para o Oscar daquele ano como canção original. Não conquistou o Oscar, mas recebeu o Grammy.
Baseado em livro de Glendon Swarthout, o filme narra a história de seis garotos que vão para um acampamento de verão e são logo rotulados de desajustados e perdedores. Para piorar, o insensível chefe deles no acampanhamento os ridiculariza e, ainda, os levam para ver búfalos que são abatidos a tiros sem nenhuma chance de defesa porque ficam encurralados. O grupo, ao ver os búfalos sendo “executados”, decide fazer de tudo para salvar os animais. A partir daí o filme envolve a platéia com o apelo emocional que o tema propicia.



A trilha sonora do filme foi gravada pelos The Carpenters, dupla que fez muito sucesso nos anos 70, composta pelos irmãos Karen e Richard Carpenter. Karen Carpenter faleceu em 04 de fevereiro de 1983, em razão de uma parada cardíaca por conta da aneroxia nervosa que a acometia.

A música que podemos rever no filme abaixo é de autoria de Perry Botkin Jr. e Barry De Vorzon.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Raul Seixas - 20 anos sem ele.

O “maluco beleza” nasceu em Salvador, em 28 de junho de 1945 e morreu em 21 de agosto de 1989, vítima de parada cardíaca por conta do, como acontece com todo maluco, excesso de álcool, com agravante do diabete que o cometia. Por causa do alcoolismo foi internado por diversas vezes para desintoxicação. Segundo consta, por não ter tomado insulina no dia anterior adquiriu uma pancreatite aguda que foi fator predominante para sua morte. Foi encontrado pela empregada no dia seguinte, Dalva.
Muito já se falou sobre Raul Seixas, e todos sabem a figura diferenciada que o mesmo representava dentro da música brasileira. Alguns dos pensamentos desse gênio são suficientes para defini-lo:
"A arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal."
"Ninguem tem o direito de me julgar a não ser eu mesmo. Eu me pertenço e de mim faço o que bem entender."
"Todos os partidos são variantes do absolutismo. Não fundaremos mais partidos; o Estado é o seu estado de espírito."
"Só há amor quando não existe nenhuma autoridade."
"O sonho do careta é a realidade do maluco."
"A desobediência é uma virtude necessária à CRIATIVIDADE."
"Ninguém morre, as pessoas despertam do sonho da vida."
"Quero a certeza dos loucos que brilham. Pois se o louco persistir na sua loucura, acabará sábio."
"Eu não sou louco, é o mundo que não entende minha lucidez."
"Somos prisioneiros da vida e temos que suportá-la até que o último viaduto nos invada pela boca adentro e viaje eternamente em nossos corpos."
"A formiga é pequena, mas elas são um exército quando juntas."
"De que o mel é doce é coisa que eu me nego a afirmar, mas que parece doce eu afirmo plenamente."
"Nunca é tarde demais pra começar tudo de novo."
"Há Homens que nascem póstumos."
"Que capacidade impiedosa essa minha de fingir ser normal o tempo todo."
"Antes de ler o livro que o guru lhe deu, você tem que escrever o seu."

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Jesus Numa Moto

Por Roberto Júnior

Zé Rodrix explicando como surgiu a música Jesus Numa Moto:
"Ela foi composta em 2000, a partir da imagem de Jesus dirigindo uma moto. No momento ela vem se tornando hino dos grupos de motociclistas brasileiros. Cada vez mais cantada por eles em seus eventos. Não acredito em sonhos, a não ser quando estou dormindo. Por isso creio que JESUS NUMA MOTO é apenas um retrato das pessoas de minha geração que, após amadurecerem, se tornam capazes de ter duas vidas, sendo uma delas aquela que lhes agrada integralmente".

Numa entrevista de Zé Rodrix ao site Bazarcultura:
Bazarcultura - "A respeito disso, é muito peculiar a música nova "Jesus Numa Moto". Você viu um motoqueiro "Hell Angel's" andando de capacete e quando ele parou..."

Rodrix - "Isso, quando ele parou, tirou o capacete e era um gerente de banco, um senhor. Um senhor de quase seus setenta anos, aquela cara de gerente de banco, e estava numa moto. Aí falei para o meu filho, "olha aí, meu filho, esse aí meteu um Marlon Brando nas idéias e saiu por aí!", exatamente onde começa a música. Então essa característica panfletária, você pode ver nas músicas antigas e nas novas, pois nós sempre fomos gente com esse tipo de postura, panfletária, aberta, de opinião, nunca a música pela música, algo que a gente não perdeu nesses anos, e talvez aí esteja o motivo do interesse das pessoas ter permanecido".

terça-feira, 18 de agosto de 2009

O Poeta da Vila

Poeta da Vila Noel Rosa. Vila Izabel. Noel Rosa nasceu em 1910 no subúrbio carioca de Vila Izabel onde se criou e morreu aos 26 anos, em 04 de maio de 1937, vítima da tuberculose na época uma doença praticamente sem possibilidade de tratamento, cuja cura e prevenção só viriam em 1946 com a descoberta do antibiótico estreptomicina. Para agravar o quadro Noel era um boêmio inveterado e um fumante contumaz do tipo que lutaria com todas as suas armas contra a atual Lei Antifumo do governador Serra.
Noel ingressou na faculdade de medicina, mas a sua vida desregrada e boêmia colocou um fim rápido ao projeto de se tornar médico. Daí, a medicina perdeu um médico cuja qualidade só o futuro diria, mas a música ganhou um dos maiores compositores de samba que o Brasil já conheceu. Juntamente com João de Barro (o Braguinha), outro ícone da musica brasileira, integraram o Bando de Tangarás.
Seu primeiro sucesso veio em 1930, quando gravou “Com Que Roupa”, composição sua de 1929. Além de “Com que Roupa”, outros grandes sucessos viriam tais como “Conversa de Botequim”, “Feitiço da Vila”, ambas compostas com Vadico, entre outras centenas.
Para conhecer a discografia de Noel acesse o site Vagalume neste endereço http://vagalume.uol.com.br/noel-rosa/discografia/feitico-da-vila.html . Para conhecer a biografia vá a “No tempo de Noel Rosa”, do amigo Almirante ou “Noel Rosa – Uma Biografia”, de João Máximo e Carlos Didier.
Sobre Noel Rosa já foram produzidos diversos filmes e espetáculos musicais retratando a obra do artista. O filme mais recente é “Noel – O Poeta da Vila”, dirigido por Ricardo van Steen, de 2006, baseado no livro de Máximo e Didier.

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Festival de Woodstock

O Festival de Woodstock está completando 40 anos da sua edição que foi no período de 15 a 18 de agosto de 1969, na cidade de Bethel no Estado de Nova York, numa fazenda de 600 acres, que correspondente a, aproximadamente, 1.200 campos de futebol. O nome Woodstock veio de outra cidade do mesmo Estado, onde moravam ícones da música americana do nível de Bob Dylan, onde inicialmente o festival seria montado, mas que por pressão da população local que não o queria ali, acabou sendo transferido para Bethel, mas se manteve o nome de batismo Woodstock Festival.
O público foi de meio milhão de pessoas que durante três dias chuvosos, curtiram os mais expressivos nomes da música de então, tais como Joe Cocker, Jimi Hendrix, Santana, Janis Joplin, Creedence-Clearwater-Revival, Joan Baez, dentre outros. Foram mais de trinta apresentações.
Uma das apresentações que mais marcaram na história do festival foi a de Joe Cocker, quando apresentou o primeiro sucesso de sua carreira, “With a Little Help from My Friends”, numa versão da música dos The Beatles extraída do álbum Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band, de 1967.
Em seus shows Cocker, hoje com 65 anos, exibia uma exuberância física que, juntamente com sua voz rouca, lhe davam as marcas registradas da sua performance. Na década de 70 viu-se envolvido com drogas o que atrapalhou significamente a sua carreira, tendo retornado com bastante força na década de 80 após se livrar delas.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Easy Rider (Sem Destino)

Os amantes das motocicletas Harley Davidson por certo têm excelentes recordações deste filme revolucionário americano lançado em 1969, num momento quando os jovens de todo o mundo promoviam uma revolução contra os costumes do conservadorismo. Época em que a maconha despontou com grande força se tornando a marca das militâncias anticonvencional das inquietudes que tomava conta da América que vivia um momento crucial da guerra do Vietnã (1959-1975).
O filme foi rodado nos Estados Unidos em 1968 e foi estrelado por Peter Fonda, Denis Hoper e o então novato Jack Nicholson que, em 1970 ganhou por essa interpretação o Oscar de ator coadjuvante. Conta a história de dois amigos, Billi e Wyatt, que saem em suas motocicletas customizadas atrás do que entendiam por suas liberdades. No caminho se junta a eles o advogado George Hanson, interpretado por Jack Nicholson.
A trilha sonora deste filme, "Born To Be Wild", escrita por Mars Bonfire e gravada pelo Steppenwolf, é um clássico da música mundial que se tornou o hino dos motociclistas de todo o mundo e bastante conhecida até da geração atual. A banda Steppenwolf foi formada no ano de 1967.
Curta abaixo o sucesso "Born To Be Wild" e, de quebra, veja o trailer do filme.